sinopse | Sátira política, crítica aos costumes, paródias, microrrelatos, poesia engraçada, aforismos, contos surreais, ficção científica de humor, personagens improváveis. Tudo a serviço da avacalhação ampla, geral e irrestrita; já que, “quando não se pode construir nada de bom, o que nos resta é esculhambar”, defende o cronista. Sobre Carlos Castelo, que também foi fundador do grupo musical Língua de Trapo, pouco se sabe. E, dizem, ele aprecia isso. Luis Fernando Verissimo assevera que trata-se de uma raridade no panorama da crônica brasileira. Ruy Castro costuma dizer que, quando quer rir e se irritar, lê uma máxima de Castelo. E o crítico literário Manuel da Costa Pinto o coloca no mesmo rol de Millôr Fernandes e Verissimo, pelo “faro para o cômico e para as contradições do presente – satirizados na linguagem do presente”. Confira nessa insólita reunião de 88 crônicas se o que atestam sobre Castelo é verdade. Nos tempos de hoje, mesmo com tantas louvações, nunca se sabe o que é real e o que é fake news.
“Ninguém é Castelo à toa. E o Castelo que aqui celebramos é muito distinto. Foi um dos colaboradores do grupo musical satírico Língua de Trapo, cujo estilo o nome já define. Misto de filósofo, jornalista e escritor, como um personagem que ele próprio se caracterizava nos palcos, é antes de tudo um caçador de si.” Paulo Caruso (Cartunista e chargista)
Quando conheci a figura, ele se chamava Carlos Melo e era o letrista de muitas composições do grupo Língua de Trapo. Em 1982, comprei o primeiro LP deles, o “azulzinho”, e toquei até furar. Fiquei ligado no nome daquele letrista... Muito tempo depois, descobri que o cara tinha outra identidade, não muito secreta: Carlos Castelo. E percebi que o bom humor, e também o humor bom, do letrista Carlos Melo continuam bombando nos textos do cronista Carlos Castelo. Nem tudo está perdido. Reinaldo Figueiredo (Também conhecido como “aquele cara que era do Casseta & Planeta”) |
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