Um dos mais bem-sucedidos e aclamados escritores da Europa atualmente e considerado o mestre da literatura policial escandinava, o norueguês Jo Nesbø conquistou milhões de leitores — entre eles o tarimbado autor de thrillers Michael Connelly — e vem sido aclamado pela crítica internacional por reinventar o suspense contemporâneo com raras percepção psicológica e ambição, exímia qualidade literária e profundo conhecimento da vida no mundo moderno e globalizado. Seus livros da série estrelada pelo detetive Harry Hole foram traduzidos para mais de 40 idiomas e ultrapassam a extraordinária marca de 8,5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo — em 2011, as vendas de sua obra aumentaram em 400% desde 2009 —, chegando sempre ao topo das listas de mais vendidos e rendendo ao autor alguns dos mais prestigiados prêmios literários do gênero policial.Comparado frequentemente a mestres como Raymond Chandler, Dennis Lehane e o próprio Connelly, e apontado como o novo Stieg Larsson da Noruega, Nesbø — que já foi também economista e músico de sucesso em seu país — é conhecido por combinar narrativas complexas, refinadas e ambiciosamente construídas a suspense de alta voltagem, resultando em um noir poético. Seus fascinantes, autênticos e marcantes personagens movem-se por labirintos de mentiras, traição e maldade e trazem à tona densas discussões éticas. Apresentado ao público brasileiro em Garganta vermelha (eleito o melhor romance policial de todos os tempos pelos clubes do livro noruegueses) e Casa da dor, o protagonista e anti-herói Harry Hole, workaholic, alcoólatra e avesso a qualquer tipo de autoridade, está de volta em mais um thriller eletrizante. É verão na Noruega, o gelo e a névoa se derretem para dar lugar ao calor e ao sol. Na cidade de Oslo a temperatura ganha contornos tropicais, e todos estão em férias coletivas. É nesse momento de alegria climática que o investigador Harry Hole é obrigado a sair de seu isolamento autodestrutivo e encarar o cruel assassinato de uma jovem, morta em sua própria casa.Harry anda tão acabado que mal parece um inspetor da polícia. Obcecado pela morte da ex-parceira de trabalho, insistindo em provar a culpa do também investigador Tom Waaler, abandonado pela namorada e afundado no alcoolismo, pode-se dizer que ele já teve dias melhores. E neste caso ele terá como parceiro justamente Waaler.O caso a princípio parece apenas mais um homicídio, mas novas mortes ocorrem e macabros elementos em comum vão surgindo aos olhos de Harry. O principal deles é que o assassino corta um dedo de cada vítima e deixa no local do crime um diamante vermelho no formato de estrela: o formato do pentagrama, uma figura mágica a que se atribui caráter agourento. A estrela do diabo.Um serial killer a deter e o vício do álcool a resistir já seriam suficientes para qualquer um, mas o martírio de Harry ainda inclui propostas indecentes de Waaler, que acaba se mostrando um inimigo à altura de qualquer assassino em série.