As relações humanas estão pautadas na guerra ou na paz? Para muitos filósofos, a guerra é inerente à natureza humana. Em A Paz - Razões de Estado e Sabedoria das Nações, a autora mostra que a idéia de paz não é somente uma construção oposta à tese do caráter inevitável da guerra, mas também constitui um ponto de vista sobre o mundo, cuja realidade política não se pode desprezar. Indispensável a pesquisadores e estudantes de filosofia e história, o livro reflete as concepções de historiadores e filósofos ao longo dos séculos, tais como Maquiavel, Hobbes, Kant, Webber, Rousseau, Maritain e Russell, entre outros. Dividido em três capítulos, explicita a idéia da paz perpétua ou paz universal; o pacifismo; e as incertezas que repousam sobre o risco de conflitos planetários que transformem a paz num estado de guerra. Segundo o pensador católico Jacques Maritain, as causas da guerra são atribuídas à anarquia que reina entre as nações. "A sociedade internacional permanecerá em situação de 'desordem política' enquanto os Estados não forem submetidos a uma autoridade capaz de impor regras à sua coexistência", afirma ele. Já na visão do filósofo inglês Bertrand Russell, a paz significa "o futuro da modernidade científico-tecnológica". A AUTORA Monique Castillo é professora da Universidade de Poitiers, na França. Suas obras tratam da filosofia crítica. Publicou, em especial, Kant et l'avenir de la culture (Kant e o futuro da cultura) e Kant, l'invention critique (Kant, a invenção crítica), além de trabalhos sobre ética, bioética e política.