Dra. Susane, de quem não sabemos o primeiro nome, é uma advogada mediana. De origem modesta, tem 42 anos e vive em Bordeaux, na França, aceitando um ou outro caso inexpressivo em seu pequeno escritório e, dessa forma, mantendo seu estilo de vida, que é confortável, mas sem grandes luxos: ela tem um apartamento, um carro velho e pode pagar Sharon, a empregada das Ilhas Maurício que limpa sua casa.
As coisas seguiam assim até que chega ao escritório um homem distinto, chamado Gilles Principaux, buscando contratá-la para defender a esposa, acusada de assassinar os três filhos do casal. Além de não compreender por que Principaux, pessoa influente na cidade, escolheria uma advogada sem renome para a defesa, dra. Susane é invadida por uma sensação que não sai de sua cabeça e que vai nortear toda a narrativa: a sensação de que Principaux faz parte de seu passado.
A partir dessa impressão incômoda, a advogada inicia uma busca por respostas sobre sua história. Ela questiona, sobretudo, a mãe, que no passado trabalhava como passadeira e teria levado a filha à casa dos Principaux.
Conforme o mal-estar e as dúvidas sobre a verdade e a memória se acentuam, as relações entre os personagens se aprofundam e se embaralham, fazendo deste livro um dos thrillers psicológicos mais perturbadores dos últimos tempos.