O tanka, forma literária que significa “poesia breve”, tem sua origem no Japão e é considerado há muitos séculos expressão de sutilezas, feitos, lembranças e emoções – o êxtase, a felicidade, a solitude, a angústia, a saudade. Sem dúvida, o tanka é uma expressão de lirismo pungente.

É assim que, nesta obra, o poeta Raimundo Gadelha dá vida a figuras emblemáticas da vida circense, aproximando culturas e imprimindo, nos meandros da vida, a visão de mundo de quem enxerga todas as coisas, mesmo as mais simples, como poesia. A obra remete a elementos visuais, sonoros, gráficos e sentimentais, conduzindo o leitor por uma viagem literária e multicultural, unindo apaixonados pelo circo ao redor do mundo, de várias gerações e de origens distintas.

Sobre o autor:

Raimundo Gadelha nasceu em Patos, no sertão paraibano. Durante sua infância, morou em diversas outras cidades interioranas do Nordeste. Em 1970, aos dezesseis anos, foi residir nos Estados Unidos, onde estudou na Oceanside High School. De volta ao Brasil, no ano seguinte, além de dar continuidade a seus estudos, passou a dedicar-se mais intensamente à poesia e também ao teatro.

Por formação, é publicitário e jornalista, com especialização na Universidade Sophia, em Tóquio, Japão, no período de 1985 a 1987. Pouco depois se distanciaria inteiramente dessas profissões para retomar sua atividade de fotógrafo, clicando e expondo o resultado de suas andanças por mais de quarenta países, principalmente da Ásia e do Leste Europeu.

Sempre dedicado à literatura, em 1994 abraça seu desafio maior: a fundação da Escrituras Editora, seguramente a casa editorial que mais publicou poesia no Brasil. Mesmo como editor, Gadelha não abdicou da própria produção literária. Incluindo este Circo: desdobrando memórias, já são vinte e quatro títulos publicados nos gêneros poesia, conto, teatro, romance, fotografia e, mais recentemente, infantojuvenil. O seu romance Em algum lugar do horizonte também foi publicado na Grécia, no México e em Portugal.

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