As relações familiares às vezes são complexas. Sobretudo quando envolvem desprezo, abandono e péssimo senso estético.
Grace Bernard não teve uma vida fácil. Sua mãe foi abandonada grávida por um mentiroso sedutor, que já era casado e jamais teve qualquer intenção de reconhecer a menina como filha. Após uma infância de privações, Grace perde a mãe e descobre que seu pai é quase uma celebridade: um milionário famoso por variados empreendimentos bem-sucedidos, com um gosto duvidoso para moda e decoração de interiores. Nutrida por uma raiva cuidadosamente alimentada ao longo dos anos, Grace decide enfim executar seu plano de vingança: despachar o pai e todos os membros da sua família cafona e podre de rica.
Repleto de humor macabro, reviravoltas irônicas e tiradas mordazes, Como Matei Minha Querida Família é um romance engraçado e perspicaz sobre a complexidade das relações humanas, sobretudo as familiares. Em uma narrativa que evoca clássicos do cinema como As Oito Vítimas, o inesquecível Kill Bill de Quentin Tarantino e a série televisiva Killing Eve, a autora nos oferece, nas palavras do jornal britânico The Guardian, “uma anti-heroína capaz de superar protagonistas masculinos como Patrick Bateman, de Psicopata Americano”.
Enquanto narra a sua história da prisão, Grace nos leva de volta à infância, à adolescência e relata como tramou e executou os seus crimes. A autora Jojo Moyes define com precisão: “Engraçada, mordaz, mórbida e perversa, Grace é uma personagem pela qual me vi torcendo mesmo durante seus crimes mais sórdidos”. Entre lembranças da mãe, opiniões sobre moda, reflexões sobre a arrogância dos ricos e o privilégio dos homens, a personagem se revela inteligente, cruel e, no fim das contas, inescapavelmente humana.
Com uma narrativa brutalmente honesta e crítica, repleta de humor britânico no melhor estilo da protagonista da série Fleabag, Como Matei Minha Querida Família oferece aos leitores uma compreensão aguçada do que significa ser mulher ao discutir a posição privilegiada dos homens na sociedade e a força poderosa que pode vir da ira feminina. Uma história engenhosa, atual e perigosamente divertida.
Com uma narrativa brutalmente honesta e crítica, repleta de humor britânico no melhor estilo da protagonista da série Fleabag, Como Matei Minha Querida Família oferece aos leitores uma compreensão aguçada do que significa ser mulher ao discutir a posição privilegiada dos homens na sociedade e a força poderosa que pode vir da ira feminina. Uma história engenhosa, atual e perigosamente divertida.