A DarkSide Books convida você a despir os contos irreverentes e transgressores do cineasta cult Ed Wood. Nesta coletânea rara e inédita, o leitor é empurrado para um caleidoscópio pulp, insano e peculiar repleto de fantasmas, assassinos, humor, álcool, erotismo e liberdade.
Ed Wood: Contos & Delírios reúne 33 histórias escritas pelo diretor ao longo da década de 1970 e chega aos leitores brasileiros em uma edição especial com ilustrações exclusivas de Laerte Coutinho, uma das quadrinistas mais conhecidas e consagradas do país, e introdução de Paulo Biscaia Filho, criador da peça teatral Acordei Cedo no Dia em que Morri (2017), uma homenagem carinhosa a Ed Wood. Tudo emoldurado em preto e rosa, as cores favoritas do cineasta.
Wood entrou para a história ao se destacar entre os piores diretores de todos os tempos, e deu vida a filmes estranhos, excêntricos mas muito autênticos. Foi capaz de erguer sozinho um universo em preto e branco cercado de sombras dramáticas, erros técnicos, linhas de nylon, maquetes toscas, atuações amadoras, transbordando clichês e efeitos especiais dignos de uma feira de ciência da quinta série. Alheio às críticas e aos insultos, a paixão de Wood transformou seus discos voadores, zumbis, vampiras e strippers no mais puro fascínio entre o público.
Dono de um estilo próprio, Ed adorava aparecer vestido com seu angorá rosa, salto agulha e a inconfundível peruca loira para extravasar as tensões dentro e fora dos sets. Criou personagens para si e narrativas para o mundo, como é o caso do filme Glen ou Glenda (1953). Estes aspectos de sua vida aparecem também na biografia dirigida por Tim Burton em 1994, um filme importante para a redescoberta de Ed Wood pelas novas gerações.
A mente criativa de Ed se sobressaía em meio a tantas barreiras — baixos orçamentos, mortes inesperadas e o desprezo total dos estúdios. Ao ser sugado para o estranho mundo de Ed Wood você vai encontrar um artista incansável que fez um pacto com a liberdade para se expressar por inteiro, e fazer cinema de corpo e alma.