Este livro debate a questão da educação em tempo integral na sua relação com o ensino regular. Composto como um ensaio crítico, seu foco é indagar a política de eficácia incidente nas escolas, bem como o discurso descentralizador da ação educativa extramuros, na esteira das seguintes questões: O quanto muda a forma de educar? Assim procedendo, a escola de fato tornar-se-ia contributo à qualidade educacional? Em busca de pistas específicas, adentra-se a lógica dos processos formativos e das experiências promovidas com o uso de tempos e espaços ampliados, em uma pequena escola de ensino fundamental do campo (ou do mato, ou da Capoeira). Os eventos cotidianos levados ao livro, resultam de uma pesquisa (de influência etno-gráfica), da qual as crianças tornaram-se participantes na produção de dados. As leituras sobre a experiência de estar mais tempo na escola e ao encontro dos referentes culturais do lugar compõem um conjunto de notas para a educação integral. Notas pautadas na observação participante, nos dizeres das crianças, em fotografias produzidas por elas mesmas e no trabalho delas como alunos. Contribu-tos de uma realidade particular ao reordenamento de processos formativos dignos e equânimes.