À época de seu lançamento, foi censurado, processado por obscenidade e, finalmente, tornou-se palco para uma das mais polêmicas personagens adúlteras da literatura mundial: a lady Chatterley.
Quem poderia imaginar o que acontece no interior de uma propriedade rural, antiga e — até então — absolutamente puritana? Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento. Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal.
Publicada em 1928, mas vinda ao público apenas em 1960, a história rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena – e livre – experiência da sexualidade.
A edição da Antofágica conta com tradução inédita de Isadora Próspero, além de ilustrações a óleo da artista Mariana Darvenne e apresentação de Clara Drummond. Assinam os textos de apoio Carolina Correia dos Santos, doutora em Letras pela USP, que tem como foco a teoria pós-colonial e filosofia feminista; a psicanalista e escritora Luciana Saddi e Nara Vidal, escritora e mestre em Artes e Herança Cultural pela London Met University.
EXTRA: Ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso a duas videoaulas sobre o livro com Aline Aimée, mestre em Letras pela UERJ.
Aos leitores: este livro contém cenas e ilustrações eróticas.