Nos primórdios do Século XX, o “Progresso” chegava ao Nordeste, do Brasil. Com o vapor do Trem da Great Western, Luz Elétrica e Telégrafo e a profundas alterações, dos campos e cidades. O Bandido que Virou Santo é a história do cangaceiro Cascavel, terror de vilas e povoados rurais, tipo social que, depois de morto, tona-se Santo Milagreiro, pela crença popular. Bandido social típico do Mundo Rural, das formações econômicas pré-capitalistas desprovidas de conquistas da civilização moderna. Os cangaceiros integram este universo rural, precário e injusto, nas teias do compromisso. Figurantes ocultos do Pacto Político Republicano que chega às áreas mais distantes, nas mãos dos Coronéis, chefes políticos locais e plenipotenciários. No imaginário popular e na fantasia da literatura de Cordel, bandidos rebeldes,Vingadores, Justiceiros, Guerreiros do Sol e Libertadores do Sertão. Real ou imaginária, dessa crônica do cangaço o Folhetinista glosa, episódios e anedotas, com pretensão de entreter o leitor, mesclando a realidade e a ficção, do início ao fim.