Uma polêmica reflexão sobre o Brasil. Leitura obrigatória para discutir o momento que vivemos. Responsável por publicações que fizeram história na imprensa brasileira desde 1960, Mino Carta recorre de maneira hábil à literatura para criar uma polêmica reflexão sobre o Brasil, promovendo uma devassa na história do país a partir da morte de Getúlio Vargas. Uma narrativa corajosa e polêmica, leitura obrigatória para discutir o país e o momento em que vivemos. Neste romance, um garoto vive em Gênova, cidade constantemente bombardeada, em meio à Segunda Guerra Mundial. Eis então que, de maneira súbita e capciosa, o jornalista Mino Carta interrompe as memórias de uma infância na Itália castigada pelo conflito e envereda para o Brasil de Getúlio Vargas. O primeiro capítulo do livro, a seu modo bastante singular, romance e memória ao mesmo tempo, começa com a morte do presidente e a comichão que invade o personagem Waldir, professor de História e Geografia no Colégio do Estado, ao receber a notícia. Com intensidade, ele sentencia ao filho Abukir: “Este tiro a gente vai escutar por muito tempo.” Presa da urgência de entender aquela estranha morte, Waldir vai ao encontro de um amigo linotipista no jornal mais importante da cidade, O Estado de S. Paulo, levando Abukir a tiracolo. Numa época em que a imprensa é a principal detentora das notícias e a grande criadora das verdades, o professor Waldir, leitor fiel daquele grande jornal, é o tipo de paulista que sempre enxergou Getúlio Vargas com repulsa. É a partir desse cenário que Mino Carta, lançando mão de sua experiência comandando alguns dos principais veículos de imprensa do país, constrói um antológico enredo entremeado por entreatos de pura memória, a fim de guiar o leitor por uma devassa na história do nosso país e do seu jornalismo. O resultado é este inigualável retrato, narrativa essencial para reflexão e discussão, O Brasil.