Em uma realidade onírica, magia e razão estão intrinsicamente ligadas nesta obra que se entranha por tênues labirintos místicos e extraordinários.
Piranesi vive na Casa. Talvez, sempre tenha vivido.
Em seus diários, dia após dia, ele registra de maneira clara e cuidadosa todas as maravilhas que encontra: o labirinto de salões, as milhares de estátuas, as marés que invadem as escadarias, as nuvens que se movem em uma procissão lenta pelos cômodos de cima. Habitualmente, encontra-se com o Outro, sua única companhia e com quem divide as pesquisas e explorações. Às vezes, Piranesi também leva oferendas aos mortos, mas, na maior parte do tempo, está só.
De repente, mensagens começam a surgir no chão, rabiscadas a giz. Há alguém novo na Casa. Mas quem é essa pessoa e o que ela quer? É amigável ou traz consigo destruição e loucura, como diz o Outro?
Textos perdidos têm de ser encontrados. Segredos esquecidos precisam ser revelados. O mundo que Piranesi pensava conhecer está se tornando obscuro e perigoso.
A Beleza da Casa é imensurável; sua Bondade, infinita.
“Como Hilary Mantel, Clarke transformou a própria noção de gênero literário em algo estranho […]. Piranesi é um tenebroso estudo sobre a solidão. Um feito notável, não apenas de técnica e arte, mas de reinvenção.” – The Guardian
“Piranesi me inundou, enquanto as marés inundam os corredores, com um luto dilacerante, deixando presentes intensos em seu rastro […]. Rico, maravilhoso, cheio de alegrias dolorosas e doces tristezas.” — The New York Times
“Um mistério deslumbrante e encantador… Este livro é um tesouro, carregado até a uma costa esquecida e esperando para ser descoberto.” — Erin Morgenstern