João Antunes da Silveira Savelli é um jovem gaúcho, filho de imigrantes açorianos que vieram tentar a vida no Rio Grande do Sul (RS). Seus pais ali se instalaram por julgar que teriam o auxílio dos descendentes açorianos que habitavam a antiga região das Missões, a oeste do estado. João Antunes nasceu quando a família trabalhava na Estância de Santos Reis, de propriedade do General Manuel do Nascimento Vargas, pai do futuro presidente Getúlio Vargas, e ali fora criado. Desde criança, aprendera a decifrar a natureza e cultivou amor aos animais. Tornou-se exímio vaqueiro e se revelou um jovem de arrebatadora beleza. Tão logo as mulheres o vissem se sentiam inapelavelmente atraídas, e seus corações derretiam como a manteiga sobre o fogo. Mas João Antunes revelou também uma sensibilidade inquietante, o que o faria sofrer vicissitudes durante a vida. Suas relações pessoais seriam marcadas por conflitos psicológicos que se originavam da oscilação constante entre a beleza e as emoções derivadas, que frequentemente colocavam à flor da pele circunstâncias dolorosas da condição humana. Este romance constitui o segundo de uma trilogia, o primeiro, já publicado, “Sol e Sonhos em Copacabana”; o presente, “Sol e Sombras”; e o terceiro, “Sol e Solidão”. Neste segundo livro, João Antunes conhece Verônica, mulher estonteante, amante do senador Mendonça e de Jean-Jacques, bem como Henriette, filha de Verônica, personagens já conhecidas. Verônica, para relembrar, era aquela mulher capaz de levar um homem do céu ao inferno com a mesma facilidade com que as folhas secas são sopradas pelo vento. É tão admirável quanto João Antunes. A trama continua a se desenvolver em meio a críticas psicológicas, políticas e históricas, e ocorre, em sua maior parte, na cidade de Cavalcante, no Estado de Goiás, coração do Brasil, aonde João Antunes vai em busca de seus sonhos. Ou em busca de si mesmo...