"Maíra" é um romance da escritora brasileira Raquel de Queiroz, publicado em 1976. A história se passa no sertão nordestino e explora temas como a seca, a pobreza e as relações humanas em um ambiente hostil. A trama gira em torno de Maíra, uma jovem mulher forte e determinada que vive em uma pequena vila chamada Vila da Tapera. Maíra é conhecida por sua beleza e espírito independente, mas também carrega um segredo que a assombra. Ela é filha de uma mulher branca e um homem indígena, o que a torna alvo de preconceito e discriminação na comunidade. A narrativa acompanha a luta de Maíra para superar as dificuldades impostas pela seca e pela pobreza, ao mesmo tempo em que ela busca seu lugar em uma sociedade que a rejeita. Ela se envolve em um relacionamento proibido com um homem branco, enfrentando a oposição de sua família e da sociedade patriarcal. Ao longo do romance, Maíra enfrenta desafios, incluindo a perda de entes queridos, a fome e a opressão, mas sua resiliência e coragem a guiam em sua busca por aceitação e identidade. O livro destaca as duras realidades do sertão e a força das mulheres que lutam para sobreviver em um mundo dominado por preconceitos e adversidades. "Maíra" é uma obra poderosa que aborda questões sociais, raciais e de gênero, oferecendo uma visão profunda da vida no sertão brasileiro e da complexidade da condição humana.