Quando eu fui me procurar conta a história de Mia, uma mulher acometida por uma depressão severa e síndrome do pânico, aos quarenta e seis anos.
A história é narrada pelo inconsciente de Mia, que — a princípio — era conivente com todo o processo depressivo, mas, ao longo da história, tornou-se a peça fundamental para a transformação da protagonista.
O narrador nos leva a acompanhar todos os estágios pelos quais Mia teve que passar para se encontrar novamente e se resgatar da escuridão da depressão.
Uma jornada de autoconhecimento, perseverança, enfrentamentos, decisões difíceis, algumas quedas e, sobretudo, coragem de alguém que segue em busca de sua própria história.
Um processo que levou anos e envolveu muita descoberta, ferramentas, terapia, transformando-a por completo. Foi imperativo que ela se transformasse, porque o mundo nunca muda. Nós só temos autonomia para mudar a nós mesmos. E só quando mudamos a nós mesmos, conseguimos enxergar o mundo com outros olhos.
Mia conseguiu mudar a ponto de não ser reconhecida, nem pelo próprio filho. Desse modo, ela conseguiu finalmente enxergar o mundo sem o véu da depressão.
Uma história que envolve perdas, traumas, encontros, desencontros, solidão, dor, amor e a inequívoca decisão de não desistir de si mesmo.