Gilbert Keith Chesterton (1874-1936), nomeado pelo Papa Pio XI como Defensor da Fé, nasceu na Inglaterra. Escritor de grande porte intelectual, Chesterton converteu-se do anglicanismo para o catolicismo defendendo a Igreja Católica com todo ardor intelectual da qual dispunha contra seus detratores. Cientificismo, materialismo, ateísmo, modernismo, toda filosofia destituída da luz da fé e vicejante em sua época foi alvo das reflexões do autor, que de modo acurado, demonstrou suas falácias. Cada convertido é um instrumento de mais conversões. E a conversão de grandes homens é um sinal inequívoco para seus contemporâneos de que Nosso Senhor não nos esqueceu e que a sua Igreja é a resposta para as perplexidades de qualquer época. Do conjunto de ensaios que agora a Editora Oratório oferece ao público, os sete primeiros são o primeiro depoimento do recém-convertido. Eles começaram a ser escritos menos de seis meses após a conversão e foram publicados simultaneamente pelas revistas The Catholic World, nos EUA, e Blackfriars, na Inglaterra. O oitavo ensaio foi publicado, em 1926, na coletânea From Twelve Modern Apostles and Their Creeds (Doze Apóstolos Modernos e seus Credos). É já uma reflexão profunda do que é a religião católica e seu valor universal e atemporal. Os ensaios mostram o itinerário intelectual e devocional que o levou à antiga religião. Mostram a maneira peculiar em que todos os inimigos da Igreja acabaram levando Chesterton para dentro dela. Mostram como a reação de Chesterton contra o mundo criado pelo Iluminismo do século XVIII e o ceticismo cientificista do século XIX acabaram fazendo-o bater às portas da Igreja, como todas as gerações fizeram desde Pentecostes. Como os valores iluministas e o ceticismo cientificista só se fortaleceram no século XX, o itinerário de Chesterton serve como exemplo a todo homem do século XXI. Aos católicos serve como alimento contra o mundo, aos ainda não católicos, serve como caminho de aproximação.